quinta-feira, 21 de março de 2013

A Marcha da Colonização da América Portuguesa


  • Até o final do século XVI a população luso-brasileira vivia no litoral. Na época, a locomoção pelo interior era difícil e os indígenas ofereciam dura resistência à ocupação de suas terras (observe o mapa abaixo).


  • Aos poucos a colonização avançou, devido a ação dos soldados, jesuítas e dos criadores de gado.
  • No início da colonização, o litoral brasileiro era frequentemente atacado por piratas franceses, ingleses e holandeses, que na maioria das vezes aliavam-se aos indígenas como no caso dos franceses.
  • Para combater a pirataria, o governo real enviou para o Brasil muitos soldados.
  • Esses soldados ergueram fortes e povoados que deram origem a várias capitais brasileiras. 

OS BANDEIRANTES

  • No início da colonização, o governo português preocupou-se em organizar dois tipos de expedições:
  • ENTRADAS: expedições que partiam de diversos portos brasileiros e entravam pelo sertão a procura de ouro e pedras preciosas, Tiveram pouco sucesso militar.
  • BANDEIRAS: expedições que com organização e disciplina militar que partiram de São Paulo com o objetivo de capturar índios e achar ouro e pedras preciosas.
  • Considera-se três tipos de bandeirismo: Caça ao Índio, Busca de Ouro de Diamantes e Sertanismo de Contrato.


     -Bandeirismos de Caça ao Índio

  • Desde o início da colonização, os paulistas prenderam e escravizaram indígenas.
  • Para conseguir muitos índios de só uma vez, atacavam as missões, deixando um rastro de morte e destruição.
  • As principais bandeiras de caça ao índio, chefiadas por Antônio Raposo Tavavares, destruíram, em apenas dez anos (1628-1638), as missões de Guairá (Paraná), Itatim (Mato Grosso do Sul) e Tape (Rio Grande do Sul).
  • Milhares de índios foram aprisionados e o gado se dispersou.
  
- Bandeirismo de Busca de Ouro e Diamantes

  • No século XVII, uma crise econômica levou o rei de Portugal a escrever aos bandeirantes para que procurassem ouro e pedras preciosas no sertão.
  • Em 1674, Fernão Dias Pais partiu de São Paulo em direção ao sertão mineiro, onde pensou ter encontrado esmeraldas, mas na verdade eram turmalinas, sem nenhum valor na época.
  • A trilha aberta por Fernão Dias serviu para que outras bandeiras, descobrissem ouro no interior do Brasil, merecendo destaque as seguintes bandeiras:
    1. Antônio Rodriges Arzão (Sabará), Minas, 1693.
    2. Pascoal Moreira Cabral (Cuiabá), Mato Grosso, 1719.
    3. Bortolomeu Bueno da Silva (Vila Boa), Goiás, 1725.

-Bandeirismo de Contrato

  • Nos séculos XVII, os bandeirantes também foram contratados por fazendeiros e autoridades para combater índios ou escravos foragidos.
  • Esse tipo de “negócio” entre bandeirantes e os poderosos era chamado de sertanismo de contrato.
  • Uma conhecida bandeira de sertanismo de contrato foia que destruiu o Quilombo dos Palmares, em 1694.

OS JESUÍTAS

  • Eles ergueram grande número de missões no interior do Brasil, a maioria delas localizadas na Amazônia e no Sul.
  • Nessas missões, os índios eram alfabetizados, iniciados no catolicismo e aprendiam a trabalhar.
  • Muitos jesuítas combateram a escravidão indígena.
  • Em 1680, o padre Antônio Vieira, conseguiu que o rei de Portugal aprovasse uma lei proibindo a escravização indígena.
  • Essa lei provocou irritação dos colonos em várias partes do Brasil, especialmente no Estado do Grão-Pará e Maranhão dando origem a Revolta de Beckman.
  • Tudo começou quando o governo de Portugal criou a Cia. De Comércio do Maranhão, que se comprometia em vender escravos, ferramentas e roupas.
  • Porém, a Cia. Não cumpriu o prometido, além de não trazer os escravos, falsificava pesos e medidas.
  • Liderados por Manoel Beckman, os colonos invadiram os armazéns da Cia. De Comércio do Maranhão e o colégio dos jesuítas dando origem á revolta.
  • O governo português enviou tropas para o Maranhão, que reprimiram a revolta punindo severamente os envolvidos.
  • Mas ao mesmo tempo, atendeu ás exigências dos colonos:
  • Exigiu a Cia. do Maranhão
  • Voltou a permitir a escravidão indígena.

  • GADO DO NORDESTE: Introduzidos no Nordeste pelo governador-geral Tomé de Souza, o gado era usado para mover a moenda dos engenhos e transportar cana.
  • Por isso era criado nos próprios engenhos.
  • Aos poucos os rebanhos foram penetrando o interior. O gado tinha a vantagem de se locomover sozinho e sobreviver em regiões áridas.
  • GADO DO SUL: Com a destruição das missões pelos jesuítas, milhares de rebanhos de gados e mulas se dispersaram, dando origem a rebanhos selvagens.
  • Com a descoberta das minas, a região sul foi a principal fornecedora de mulas e gado para a região das minas.
  • Os luso-brasileiros foram avançando pelas terras que, de acordo com o Tratado de Tordesilhas pertenciam à Espanha.
  • O governo português buscou legalizar o território conquistado por um meio de uma série de acordos internacionais. Os mais importantes:
  • Tratado de Utrecht (1713): Assinado entre Portugal e França. Estabelecia que o Rio Oiapoque, limitaria a fronteira entre Brasil e Guiana Francesa.
  • Tratado de Madri (1750): Assinado entre Portugal e Espanha. A Colônia de Sacramento pertencia à Espanha e Portugal recebia a área de Sete Povos das Missões, no atua Rio Grande do Sul.
  • Tratado de Santo Ildefonso (1777): Assinado entre Portugal e Espanha. Os espanhóis ficavam com o território de Sete Povos das Missões e da Colônia do Sacramento e Portugal recebia de volta partes do Rio Grande do Sul.
  • Tratado de Badajós (1801): Assinado entre Portugal e Espanha. Os portugueses ficavam com o território de Sete Povos e a Espanha com a Colônia de Sacramento. 

quarta-feira, 20 de março de 2013

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Tráfico Negreiro


                                                        Tráfico Negreiro


O tráfico negreiro no Brasil perdurou do século XVI ao XIX. Nosso país recebeu a maior parte de africanos escravizados no período (quase 40% do total) e foi a nação da América a mais tardar a abolição do cativeiro (1888). Era uma atividade lucrativa e praticada pelos portugueses antes do descobrimento do Brasil.
As embarcações utilizadas para o transporte desses escravos da África para o Brasil eram as mesmas anteriormente usadas para o transporte de mercadorias da Índia. Assim, podemos levantar dúvidas sobre o estado de conservação e a segurança dos navios negreiros.
No início desse “comércio” eram utilizadas para o tráfico negreiro desde as charruas até as caravelas, com arqueações que variavam entre 100 e 1000 toneladas. Mas com o passar do tempo os navios negreiros começaram a ser escolhidos com mais especificidade, indo de naus com apenas uma cobertura (os escravos eram transportados sem distinção nos porões) a naus com três coberturas (separando-se homens, mulheres, crianças e mulheres grávidas). Àquela época, esses navios eram apelidados de “tumbeiros”, pois devido às condições precárias muitos escravos morriam. Os negros que não sobreviviam à viagem tinham seus corpos jogados ao mar.
Os negros que aqui chegavam pertenciam, grosso modo, a dois grupos étnicos: os bantos, vindos do Congo, da Angola e de Moçambique (distribuídos em Pernambuco, Minas Gerais e no Rio de Janeiro) e os sudaneses, da Nigéria, Daomé e Costa do Marfim (cuja mão-de-obra era utilizada no Nordeste, principalmente na Bahia). (leia mais: Origem dos escravos africanos).

A saudade da terra natal (banzo) e o descontentamento com as condições de vidas impostas eram a principal razão das fugas, revoltas e até mesmo dos suicídios dos escravos. A “rebeldia” era punida pelos feitores com torturas que variavam entre chicotadas, privação de alimento e bebida e o “tronco”. Durante essas punições, os negros tinham seus ferimentos salgados para provocar mais dor.
O motivo para o início do tráfico negreiro no Brasil foi a produção de cana-de-açúcar. Os escravos eram utilizados como mão-de-obra no Nordeste. Comercializados, escravos jovens e saudáveis eram vendidos pelo dobro do preço de escravos mais velhos ou de saúde frágil. Vistos como um bem material, eles podiam ser trocados, leiloados ou vendidos em caso de necessidade.
O Tráfico Negreiro foi extinto pela Lei Eusébio de Queirós, em 1850. A escravidão no Brasil, no entanto, somente teve fim em 1888, com a Lei Áurea       

                                                                  ilustrações
  Castigo do Tronco                            Navio Negreiro